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Fabrice Pérez Diretor comercial do Grupo SOPREMA para Espanha e Portugal

"A Soprema desenvolve um grande esforço na prescrição para fazer pré-venda da distribuição. Também através da prescrição trabalhamos para a distribuição"



Diplomado em Administração de Empresas pela Business School de Toulouse, França, e formado em impermeabilização na escola SIPLAST, o Fabrice Pérez está há 15 anos no setor da distribuição de materiais de construção.Como Diretor-Geral da ASFALTEX interveio ativamente no processo de aquisição desta empresa por parte do Grupo SOPREMA. Especialista e bom conhecedor do mundo da impermeabilização e do isolamento, passou a liderar o mercado internacional para o sul da Europa.

Recentemente foi nomeado diretor comercial do Grupo SOPREMA para Espanha e Portugal.


O grupo francês Soprema é uma empresa familiar fundada no ano de 1908, especialista no fabrico e na venda de produtos para a impermeabilização e o isolamento térmico e acústico. O Grupo tem uma experiência de mais de 100 anos em soluções de impermeabilização para a construção e, atualmente, está presente em mais de 90 países com 50 centros de produção e mais de 8000 empregados. Apresentou no último exercício uma faturação próxima aos 3000 milhões de euros.

 Parabéns pela nova nomeação!

Muito obrigado.

 Faça-nos uma breve apresentação da SOPREMA PORTUGAL

A Soprema Portugal constitui-se como filial em Portugal da multinacional Grupo Soprema em consequência da aquisição da Texsa por parte da Soprema. Tudo começa no ano de 2013 quando a Soprema compra as unidades de produção da TEXSA e entra no mercado ibérico com o fabrico e a distribuição dos seus produtos. Após a aquisição da TOPOX e da ASFALTEX e a integração das três sociedades na Soprema Iberia, a TEXSA PORTUGAL modifica a marca societária para Soprema S.A.

 Qual é a estrutura operacional da Soprema em Portugal?

A Soprema tem em Portugal uma central de produção situada na localidade de Alpiarça, onde se desenvolvem as 3 linhas de produção da sua gama de produtos e sistemas: impermeabilização betuminosa, lajetas isolantes, e drenagens TEXLOSA. Além disso, dispomos de três centros logísticos situados no Porto, em Lisboa e no Algarve que nos permitem prestar um serviço ágil a todos os pontos do país.

 E o seu posicionamento estratégico?

A posição estratégica da Soprema Portugal baseia-se em quatro pilares que são para nós fundamentais: respeitar os canais de vendas e adaptar a nossa oferta às necessidades de cada um deles; desenvolver a gama de produtos de impermeabilização e isolamento térmico e acústico para melhorar a nossa atual oferta e adaptá-la às necessidades de construção e ambientais do nosso mercado e da nossa sociedade; oferecer um serviço fiável e competitivo aos nossos clientes e, por último, tornar-nos uma referência na prescrição de novas soluções graças à experiência que o Grupo Soprema já tem em diferentes mercados a nível internacional.

     A nossa oferta inclui produtos especializados para obras novas, renovações e obras de construção civil, dando resposta a todos os setores da construção e às diversas necessidades de cada situação de obra: impermeabilização betuminosa, sintética, líquida, e sistemas de isolamento térmico e acústico que contribuem para o melhoramento do conforto das habitações. Na nossa gama Civil Rock para Obras de Construção Civil, dispomos de produtos e sistemas especializados para túneis, bacias, aterros e infraestruturas.

     Para nós, a investigação e o desenvolvimento de novos produtos e o melhoramento dos existentes desempenham um papel vital e decisivo na nossa empresa. O desenvolvimento de novas tecnologias é fundamental para satisfazer as procuras futuras da indústria da construção e todos os nossos produtos são submetidos a rigorosos testes antes de serem certificados como respeitadores dos critérios relevantes de prestações.

O I+D+i é, então, uma opção estratégica para vocês?

Sem dúvida. No fundo, o I+D+i é um pilar fundamental na estratégia do grupo. A Soprema Portugal tem um centro dedicado às atividades de investigação, desenvolvimento e inovação tecnológica em contacto permanente com Estrasburgo, onde o Grupo tem o escritório central de I+D+i com uma equipa de 25 pessoas e dotado de recursos muito importantes.

     Um dos pontos de diferenciação de qualquer empresa que tenha como visão ser líder no próprio setor é o profissionalismo e o facto de ser responsável com os clientes e o mercado. De igual modo, a prescrição é a semente do futuro e neste aspeto a Soprema efetua grandes investimentos em recursos, tanto humanos como materiais, para consolidar o presente e potenciar o futuro. Para tal, contamos com uma equipa comercial e de prescrição distribuída por toda a geografia, bem como uma equipa técnica e de marketing com grande experiência.

     Não gostaria de terminar sem antes mencionar todas as pessoas e funções que não estão na linha da frente, mas que fazem um trabalho silencioso mas eficaz para garantir que o cliente está satisfeito com o serviço total de uma empresa com alma de líder.

 Que análise nos faria do mercado atual da impermeabilização e do isolamento no nosso país?

Sem dúvida que estamos numa conjuntura de grande crescimento e atividade. O mercado da impermeabilização sofre de falta de especialização e, por seu turno, o mercado do isolamento mostra-se beneficiado pelas alterações de normas e pelas necessidades ambientais de fazer edifícios cada vez mais eficientes energeticamente. E no que se refere à acústica, ainda fica muito trabalho por fazer a nível de normas e consciencialização na edificação. Aqui, o conceito de conforto impõe-se como uma necessidade a ter em conta a partir da conceção do projeto.

 Como intui a evolução do crescimento do mercado da impermeabilização e isolamento em Portugal?

O crescimento do mercado da impermeabilização será determinado, sobretudo, pela especialização, ao proporcionar materiais mais eficientes energeticamente e amigáveis com o ambiente e, simultaneamente, fáceis de instalar. Neste contexto, as resinas líquidas e os isolamentos térmicos têm uma boa alavanca de crescimento.

     Quanto ao isolamento acústico, a necessidade de ter ambientes saudáveis e confortáveis prima hoje em dia sobre as normas. O mercado da renovação vai continuar a ser uma escora de crescimento, e calculamos que iremos demorar uns 100 anos a renovar energeticamente o parque atual da habitação em Portugal.

 Qual é a sua opinião sobre o setor da distribuição de materiais de construção em Portugal?

O setor da distribuição em Espanha está bastante organizado através dos Grupos de compras, mas ainda assim, comparado com o francês, para dar um exemplo, é um setor muito generalista e pouco especializado. A crise não desatomizou o mercado, e normalizou os preços sem respeitar o canal.

     É imperativo estruturar a distribuição para conseguir uma distribuição segmentada e especializada que possibilite o respeito pelo canal com uma política de preços diferenciada.

     Em Portugal o mercado da distribuição está, se assim se pode dizer, ainda mais atomizado, mas os grupos de compras já começam a ter uma certa presença. Neste novo contexto, é fundamental e necessária a organização dos armazéns através de grupos de compras e a especialização dos mesmos.

 Que papel tem a distribuição de materiais de construção nos setores da impermeabilização e do isolamento no mercado?

Sem dúvida que a distribuição é imprescindível porque é a extensão comercial do fabricante, e possibilita um serviço e personalização da compra que o fabricante não pode prestar no mesmo grau. Além disso, garante a disponibilidade imediata dos materiais durante todo o horário comercial. Neste sentido, a colaboração entre o fabricante, como especialista em soluções e acompanhante de projetos, e o industrial e o distribuidor é um fator de sucesso e de qualidade na construção.

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